O premiê israelense Netanyahu afirmou, neste domingo, que os EUA diminuíram significativamente o fornecimento de munições a Israel e espera que falar publicamente sobre a questão ajude a resolvê-la.
"Há quatro meses, houve uma diminuição dramática das munições que chegavam a Israel provenientes dos EUA. Durante longas semanas, recorremos aos nossos amigos norte-americanos e solicitámos que os carregamentos fossem acelerados [...]. Recebemos todo o tipo de explicações, mas uma coisa não recebemos; a situação básica não mudou", disse Netanyahu em uma reunião de gabinete.
O primeiro-ministro de Israel acrescentou que "certos itens chegaram esporadicamente, mas as munições em geral ficaram para trás".
"Depois de meses em que não houve mudança nesta situação, decidi tornar isso público. [E] o fizemos com base em anos de experiência e com o conhecimento de que este passo era vital para resolver o constrangimento", disse Netanyahu.
Ele também disse que estava "disposto a sofrer ataques pessoais em nome do Estado de Israel" que ele acredita que poderiam ocorrer após seus comentários.
Em maio, o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, confirmou a pausa nas entregas de armas a Israel, acrescentando que se tratava apenas de um lote. O presidente dos EUA, Joe Biden, disse mais tarde à CNN que interromperia as entregas de bombas de aviação e munições de artilharia se a operação na Faixa de Gaza se estendesse à cidade de Rafah, no extremo sul. Mas os Estados Unidos continuariam a fornecer armas defensivas a Israel, incluindo sistemas de defesa aérea, acrescentou.
Na última terça-feira (17), o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que os EUA continuam a enviar armas para Israel, mas que um único lote de bombas de aviação ainda permaneceria sob consideração.