"A Rússia condenou veementemente a tentativa de golpe de Estado militar na Bolívia no dia 26 de junho. [O ministro Lavrov] sublinhou a inadmissibilidade de medidas destinadas a minar os fundamentos constitucionais de Estados soberanos", afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia em comunicado.
Da mesma forma, o ministro russo transmitiu à homóloga "apoio total e inabalável da Rússia ao governo do presidente Luis Arce".
Além disso, Lavrov sublinhou a importância de consolidar todas as forças e estruturas da sociedade boliviana para um maior desenvolvimento estável do país e expressou a solidariedade da Rússia com "o seu parceiro estratégico confiável".
"Ambas as partes reafirmaram o seu compromisso com todos os acordos alcançados durante a reunião de junho dos presidentes da Rússia e da Bolívia em São Petersburgo", acrescenta a nota.
A Bolívia e a Rússia mantêm uma relação bilateral há 126 anos e procuram atualmente promover a cooperação nas áreas de hidrocarbonetos e comércio exterior.
Na quarta-feira (26), a Bolívia viveu uma tentativa de golpe de Estado perpetrada pelo então comandante-geral do Exército, Juan José Zúñiga.
Posteriormente as autoridades prenderam os soldados envolvidos na intentona contra o governo, incluindo Zúñiga.
Após o fracasso na iniciativa dos militares, o presidente boliviano, Luis Arce, nomeou José Wilson Sánchez como o novo comandante-geral da força, que apelou a todos os soldados mobilizados para regressarem aos quartéis e prometeu defender o "governo legalmente constituído".