"A Bolívia é um país que tem muitos interesses internacionais, porque é a maior reserva de lítio do mundo. E tem outros minerais de muita importância, além de ter gás. É preciso que a gente tenha em mente que tem interesse em dar golpe", afirmou ele em entrevista à Rádio Itatiaia e divulgada pelo Planalto.
Ele acrescentou:
"Sou contra golpe, sou favorável à democracia e, por isso, eu vou lá para fortalecer o Arce, a democracia e mostrar para os empresários que é muito importante que se mantenha a Bolívia governada democraticamente", acrescentou ele, que estará na cidade boliviana de Santa Cruz de La Sierra em 9 de julho para um encontro com empresários do país.
O general Juan José Zúñiga, que liderou a tentativa de golpe de Estado no país vizinho, foi detido. Antes de mobilizar de forma ilegal as tropas bolivianas, Zúñiga chegou a ser destituído do cargo de chefe das Forças Armadas e prometeu "recuperar a pátria" antes da invasão do palácio do governo.
No início da tarde de ontem, tropas comandadas pelo general ocuparam a Praça Murillo, onde ficam os prédios do governo boliviano, e chegaram a invadir o palácio presidencial. A tentativa de golpe foi denunciada pelo presidente Luis Arce, que pediu apoio da comunidade internacional e que a população fosse às ruas para proteger a democracia.