Panorama internacional

Reeleição de Trump pode provocar proliferação nuclear na Ásia, diz mídia norte-americana

Joe Biden, presidente dos EUA, durante o debate presidencial com Donald Trump, candidato republicano à presidência e ex-presidente (2017–2021), organizado pela emissora norte-americana CNN em Atlanta, Geórgia, nos EUA, em 27 de junho de 2024
Segundo a revista Foreign Affairs, Donald Trump pode retirar as Forças Armadas dos EUA da península coreana por considerar que a Coreia do Sul está se aproveitando do potencial militar norte-americano.
Sputnik
A reeleição de Donald Trump, ex-presidente dos EUA (2017–2021), nas eleições de novembro, poderia levar à retirada das Forças Armadas dos EUA da península coreana, ocasionando mudanças nas armas nucleares da Ásia, teoriza Victor Cha, vice-presidente do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês), dos EUA, em um artigo para a revista norte-americana Foreign Affairs.
Como observou Cha no artigo, de quarta-feira (26), a reeleição de Trump pode ser ainda mais devastadora para os países asiáticos, pelo republicano poder ver Seul como aproveitando a presença militar dos EUA para seu próprio bem.
Donald Trump, ex-presidente dos EUA (2017–2021), em tribunal criminal de Manhattan antes de seu julgamento em Nova York. EUA, 26 de abril de 2024
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O autor do texto acrescenta que se a Coreia do Sul começar, em resposta, a desenvolver seu programa nuclear, isso dará à China e à Coreia do Norte uma desculpa para desenvolver suas capacidades de armas nucleares. Esse processo, por sua vez, poderia incentivar semelhantes programas por outros países asiáticos, como Mianmar e Japão.
Cha acrescenta que Trump também pode tentar negociar um acordo de desnuclearização com a Coreia do Norte para neutralizar a ameaça nuclear na península coreana.
A próxima eleição presidencial dos EUA será realizada em 5 de novembro de 2024. Os principais rivais na corrida eleitoral são o atual presidente, o democrata Joe Biden, e Trump. Ambos os candidatos já garantiram votos suficientes de delegados nas primárias anteriores para garantir a nomeação de seus partidos, enquanto quase todos os seus rivais anunciaram sua retirada da corrida.
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