No período, foram colhidos das fazendas brasileiras mais de 3,7 milhões de toneladas de algodão e exportados 2,6 milhões de toneladas. O anúncio ocorreu durante o 75º Encontro da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, promovido pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) em Comandatuba (BA). A previsão anterior era de que o país se tornasse líder mundial no segmento apenas em 2030, marca que foi alcançada seis anos antes.
Os resultados foram comemorados durante o evento, que também anunciou a comercialização de 60% da safra.
"Liderar mundialmente no fornecimento de fibra de algodão é um marco histórico, mas não é um objetivo em si e não foi planejado para tão cedo. Antes, trabalhamos continuamente para aperfeiçoar nossos processos, aumentando nossa qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade todos os dias e, consequentemente, a nossa eficiência", ressaltou o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, à agência Xinhua.
Conforme a entidade, o bom desempenho do setor ocorre por conta da maior conexão entre os produtores e a indústria têxtil nacional.
Mesmo com a forte concorrência internacional, a cadeia industrial do país prevê que o consumo interno de fio e algodão vai saltar de 750 mil toneladas para um milhão de toneladas anunciadas.
Recuperação das exportações brasileiras
As exportações brasileiras registraram uma boa recuperação neste ano por conta da maior demanda de países como Bangladesh e Paquistão, que em 2023 realizaram menos compras por conta de dificuldades financeiras. Além dos dois países, os principais consumidores do algodão brasileiro são China, Turquia e Vietnã.