O republicano, que lidera as pesquisas na corrida presidencial com Joe Biden, afirmou na semana passada que acabará com o conflito se vencer as eleições, marcadas para novembro.
Em um debate recente com Biden, Trump criticou os bilhões de dólares gastos na defesa da Ucrânia, dizendo que Kiev "não está ganhando a guerra".
"Se houver riscos para a independência ucraniana […], queremos estar prontos para isso, queremos saber", afirmou Zelensky.
Em uma entrevista de quase uma hora, o líder do regime ucraniano lamentou os atrasos nas entregas de armas de aliados ocidentais e disse que estava "potencialmente pronto" para se encontrar com Trump para ouvir as propostas de sua equipe.
"Queremos entender se em novembro teremos o apoio poderoso dos EUA ou se ficaremos sozinhos", declarou.
Zelensky tem um relacionamento tenso com Trump, que durante sua presidência o acusou consistentemente de corrupção e, logo após a eleição do ex-comediante, em 2019, supostamente o pressionou para investigar alegações contra Biden.
Na entrevista, que aconteceu um dia após o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, pedir a Zelensky que considerasse um cessar-fogo, o ucraniano rejeitou a opção. Ele disse que aqueles que defendiam essa postura falharam em articular como um cessar-fogo funcionaria, relata a mídia.