Além de Bolsonaro, Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, e mais dez pessoas foram indiciadas por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos. As penas podem chegar a 32 anos de prisão. O inquérito já foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro Alexandre de Moraes é o relator do caso e cabe a ele enviar o documento para a Procuradoria-Geral da República (PGR) que deverá decidir se há evidências suficientes para pedir o indiciamento do ex-presidente.
Em fevereiro, os advogados do ex-presidente pediram a anulação da investigação que apontam que auxiliares de Bolsonaro venderam ou tentaram comercializar, com o seu conhecimento, joias de alto valor recebidos por ele em viagens oficiais ao exterior.
Nova joia encontrada
Em junho, a PF identificou uma tentativa de venda de uma nova joia ofertada pelo governo saudita como presente ao Brasil durante o governo de Jair Bolsonaro. A peça estava na mesma loja que vendeu as demais identificadas pela União, de acordo com as investigações. Bolsonaro nega o envolvimento nos crimes.
De acordo com as investigações, Bolsonaro recebeu joias em 2019 e 2021. O general Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, são investigados por tentar vender algumas das joias em 2022 e 2023.
O flagra da tentativa de entrada no país com as joias sem serem declaradas aconteceu em outubro de 2021, quando a PF descobriu um dos artigos de luxo na mochila de um militar, assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que esteve em Riad entre 22 e 25 de outubro de 2021.
Nesse período, Bolsonaro estava no Brasil, onde participou de almoço na Embaixada da Arábia Saudita em Brasília no dia 25.