A reportagem destaca que a China está na vanguarda em áreas como espaço, robótica, meio ambiente, biotecnologia e inteligência artificial. Além disso, universidades chinesas, como Tsinghua e Zhejiang, rivalizam com instituições de ponta nos Estados Unidos.
Os investimentos em P&D da Huawei também são destacados e, conforme a publicação, estão quase no mesmo nível de gigantes como Microsoft e Apple, apesar de uma receita menor. Para garantir sua vantagem militar, geopolítica e econômica, a China está intensificando a inovação, essencial para o crescimento econômico e a força nacional futura.
Os dados são do Instituto Australiano de Política Estratégica (ASPI, na sigla em inglês), que mostram que a China lidera em quase todos os campos estratégicos.
Pesquisadores alertam que os países ocidentais estão perdendo competitividade tecnológica global e a capacidade de reter talentos. Enquanto isso, a porcentagem de graduados chineses que permanecem no país para doutorado ou trabalho aumentou de 34% em 2019 para 58% em 2022.
Competividade chinesa e guerra comercial
O destaque chinês em amplos setores tecnológicos intensifica a guerra comercial promovida pelo Ocidente. Em 12 de junho, a União Europeia (UE) anunciou a imposição de tarifas de até 38% sobre veículos elétricos importados da China, com a medida passando a valer a partir do dia 4 de julho. Ao mesmo tempo, Berlim decidiu bloquear a venda de turbinas a gás da Volkswagen para Pequim.
O anúncio foi feito após uma investigação de nove meses sobre supostos subsídios estatais injustos que estariam beneficiando a produção de veículos elétricos chineses, o que criaria uma "concorrência desleal".
Em resposta, Pequim alertou que as taxas poderiam "desencadear uma guerra comercial", com um porta-voz do Ministério do Comércio dizendo que "a responsabilidade é inteiramente do lado da UE".