De acordo com Jens Stoltenberg, a aliança convidou, pelo terceiro ano consecutivo, os líderes da Coreia do Sul, Japão, Austrália e Nova Zelândia para a cúpula com objetivo de "expandir a parceria da aliança de segurança com os países da região Indo-Pacífico".
"A Coreia do Sul é uma parceira altamente respeitada. O presidente [Yoon Suk-yeol] estará presente. Acho que isso reflete como aprofundamos e fortalecemos nossa parceria", disse o chefe da aliança, citado pela agência Yonhap.
Stoltenberg também pontuou a importância de trabalhar com os parceiros do Indo-Pacífico em um momento em que a Rússia conta com seus aliados, nomeadamente Coreia do Norte, Irã e China, relata a mídia.
No encontro da aliança, o secretário-geral afirmou que desenvolverá cooperação prática para "projetos emblemáticos" na Ucrânia, tecnologias cibernéticas e novas tecnologias e discutirá a cooperação na indústria de defesa com Seul.
"O projeto principal é, em parte, sobre a educação médica de soldados ucranianos. Também estamos analisando como podemos expandir a troca de informações de inteligência com a Coreia do Sul", afirmou.
Durante a cúpula do ano passado na Lituânia, Yoon já havia sinalizado que seu país aumentaria o compartilhamento de informações militares com a OTAN.
O presidente visitará Washington nos dias 10 e 11 de julho para participar da cúpula da aliança como nação parceira, procurando concentrar em maneiras de expandir a cooperação com a OTAN em resposta ao aprofundamento dos laços entre Pyongyang e Moscou.
Antes da cúpula, Yoon fará uma parada no Havaí na segunda (8) e terça-feira (9) para visitar o Comando Indo-Pacífico dos EUA (USINDOPACOM, na sigla em inglês) para receber instruções de segurança e incentivar o pessoal do comando, segundo a mídia.
No mês passado, Seul disse que estava estudando enviar armas para a Ucrânia como um aviso ao tratado de defesa mútua assinado entre o presidente russo Vladimir Putin e o líder norte-coreano Kim Jong-un durante a cúpula no mês passado.
A chancelaria russa emitiu uma nota após o aceno sul-coreano a Kiev, dizendo que "gostaríamos de alertar Seul contra medidas precipitadas que podem levar a consequências irreversíveis para as relações Rússia-Coreia do Sul", a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, a repórteres.