A adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) exige vontade política dos membros da aliança, e neste momento não há nenhuma. É o que declarou nesta segunda-feira (8) Michael Carpenter, assistente especial da Casa Branca e diretor de assuntos europeus no Conselho de Segurança Nacional dos EUA.
"Todo o comando [da OTAN] é responsável por apoiar a Ucrânia no treinamento militar, na coordenação e logística como parte da assistência à segurança e ao desenvolvimento da força, que será a ponte para a adesão da Ucrânia à aliança quando houver vontade política", disse ele aos repórteres em uma coletiva de imprensa.
Mais cedo, o presidente polonês, Andrzej Duda, admitiu que os países da OTAN não têm consenso em relação à adesão da Ucrânia à aliança.
Anteriormente, a AFP, citando uma fonte diplomática ucraniana, informou que as chances de haver um convite da OTAN para a adesão da Ucrânia, na cúpula da aliança que será realizada em Washington, entre terça-feira (9) e quinta-feira (11), são praticamente nulas, o que também é reconhecido por Kiev.
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, argumentou que o novo pacote de ajuda à Ucrânia, previsto para ser aprovado em Washington, bem como a assistência para aumentar a compatibilidade do Exército ucraniano com os padrões da aliança, se tornará para Kiev "uma ponte para a OTAN".
O presidente russo, Vladimir Putin, observou que a possível adesão da Ucrânia à OTAN é uma ameaça à segurança da Rússia. Ele enfatizou que os riscos da adesão de Kiev à aliança foram uma das razões para o lançamento de uma operação militar especial na Ucrânia.