Mais cedo, as Forças de Defesa de Israel (FDI) instaram os cidadãos e deslocados a evacuarem imediatamente uma série de locais da Cidade de Gaza, para que se dirigissem à área humanitária na região central do enclave, Deir al-Balah.
"Neste momento, quando o movimento Hamas está mostrando flexibilidade e uma atitude positiva para facilitar o acordo para encerrar a agressão sionista, Netanyahu está criando ainda mais obstáculos às negociações e fortalecendo a agressão e os crimes contra nosso povo", disse o Hamas em comunicado.
O movimento pediu aos intermediários que "intervenham com o objetivo de acabar com os truques de Netanyahu" e à comunidade internacional e às Nações Unidas que exerçam pressão sobre Israel.
O chefe do escritório político do Hamas, Ismail Haniyeh, alertou que as ações das FDI correm o risco de reverter o processo de negociação "de volta ao zero".
"Diante das ameaças do exército de ocupação aos principais bairros da Cidade de Gaza, da demanda para evacuá-los, dos massacres e deslocamentos, o chefe do escritório político do Hamas, Ismail Haniyeh, realizou contatos urgentes com seus irmãos intermediários", disse o movimento.
Mais de 38,1 mil pessoas foram mortas e mais de 87,9 mil ficaram feridas na Faixa de Gaza como resultado das operações militares de Israel, segundo autoridades de Gaza.
Em 7 de outubro de 2023, o Hamas lançou um grande ataque com foguetes contra Israel e violou a fronteira, atacando bairros civis e bases militares. Quase 1,2 mil pessoas em Israel foram mortas e cerca de 240 foram sequestradas durante o ataque.
Israel lançou ataques retaliatórios, ordenou um bloqueio completo de Gaza e iniciou uma incursão terrestre no enclave palestino com o objetivo declarado de eliminar combatentes do Hamas e resgatar os reféns. Acredita-se que até 120 reféns ainda estejam sob poder do Hamas em Gaza, e 43 morreram em cativeiro.