De acordo com a Bloomberg, a cúpula de líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) será ofuscada por questões de política interna nos EUA, França e também na Alemanha — graças ao enfraquecimento do chanceler alemão Olaf Scholz e do péssimo desempenho de seu partido nas eleições para o Parlamento Europeu.
Com a estagnação do "apoio contínuo" oferecido pela aliança à Ucrânia, as esperanças de Vladimir Zelensky de aderir à OTAN permanecem distantes, ainda mais com a liderança de Trump sobre Biden nas pesquisas de opinião. O ex-presidente norte-americano já ameaçou a se retirar da aliança e prometeu terminar com o conflito ucraniano antes mesmo de assumir a presidência.
Segundo a apuração, o líder que ocupa a posição mais forte na cúpula é o novo primeiro-ministro do Partido Trabalhista do Reino Unido, Keir Starmer, o mesmo que pôs em causa o compromisso de Londres de aumentar os gastos com a defesa para 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB), afirmando que o faria "assim que as finanças públicas o permitirem".
A caminho dos EUA, em Varsóvia, Zelensky afirmou que gostaria de ver uma maior determinação de seus parceiros ocidentais e pediu repetidamente por mais ajuda, incluindo baterias adicionais de defesa aérea Patriot.
Apesar de as indicações sugerirem que o ucraniano obtenha o que deseja, Zelensky não receberá o convite formal para aderir à aliança, mas uma promessa reiterada de que finalmente se tornará membro, embora as autoridades ainda estejam debatendo como.
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, não conseguiu nas últimas semanas garantir um compromisso firme de financiamento plurianual para a Ucrânia que lhe teria dado uma previsibilidade clara sobre a ajuda aliada para os próximos anos. Em vez disso, os aliados concordaram em gastar pelo menos € 40 bilhões (cerca de R$ 236,8 bilhões) por ano em ajuda militar à Ucrânia, mas com a ressalva de que a meta seria revista no ano subsequente.