Panorama internacional

China abre investigação retaliatória sobre barreiras comerciais da União Europeia

A China está investigando se a série de ações da União Europeia (UE) contra Pequim constitui uma barreira ilegal ao livre comércio, à medida que as tensões comerciais se elevam entre o Ocidente e o gigante asiático.
Sputnik
A investigação foi lançada a partir de uma solicitação da Câmara de Comércio da China para Importação e Exportação de Máquinas e Produtos Eletrônicos.
O Ministério do Comércio chinês disse nesta quarta-feira (10) que a investigação chinesa abrangeria uma série de setores, incluindo os de ferrovias, energia solar e eólica, e equipamentos de segurança, segundo a Bloomberg.
Esses são os setores que a UE tem visado nos últimos meses com uma série de novas ferramentas, que ela diz serem projetadas para se defender "contra as práticas comerciais injustas de Pequim".
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De acordo com as regras da investigação citadas pela mídia, se a China entender que as determinações da UE são ilegais, autoridades chinesas podem conduzir negociações bilaterais, iniciar uma solução multilateral de disputas e tomar "outras medidas apropriadas".
Em um documento separado, o ministério disse que as etapas podem incluir uma recomendação para introduzir "medidas retaliatórias".
O relacionamento de Pequim com a UE atingiu novos pontos baixos nos últimos meses, à medida que o bloco cada vez mais segue a atuação dos Estados Unidos em sua política para a China.
A investigação de longo alcance de Pequim deve ser concluída até 10 de janeiro, com uma possível extensão até meados de abril, de acordo com a declaração do Ministério do Comércio.
O gigante asiático abriu uma investigação semelhante no ano passado, sobre a proibição de Taiwan a algumas importações chinesas.
Depois que o governo chinês decidiu que tal ação constituía uma barreira comercial, Pequim encerrou as concessões a algumas importações químicas da ilha e disse que estava estudando a suspensão de mais permissões de outros produtos a Taipé.
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