Em uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (10), o chefe do Estado-Maior, general Wieslaw Kukula, afirmou que "hoje, precisamos preparar nossas forças para um conflito em grande escala, não um conflito do tipo assimétrico".
"Isso nos obriga a encontrar um bom equilíbrio entre a missão na fronteira e a manutenção da intensidade do treinamento no Exército", declarou Kukula, citado pela Reuters.
Falando no mesmo evento, o vice-ministro da Defesa, Pawel Bejda, disse que, a partir de agosto, o número de tropas protegendo a fronteira leste da Polônia aumentaria dos atuais 6 mil para 8 mil com uma retaguarda adicional de 9 mil, podendo entrar em ação em até 48 horas.
Kukula também declarou que o alto interesse atual dos candidatos em ingressar no Exército representa um dilema sobre aceitar ou não mais recrutas do que o orçado em detrimento da aquisição de equipamentos militares, especialmente porque ele afirmou que o interesse deve começar a cair a partir de 2027.
O tamanho das Forças Armadas polonesas era de cerca de 190 mil efetivos no final do ano passado, incluindo forças terrestres, aéreas, navais, forças especiais e forças de defesa territorial. A Polônia planeja aumentar esse número para 300 mil tropas dentro de alguns anos.
As relações entre Varsóvia e Moscou/Minsk se deterioraram intensamente após o começo da operação russa na Ucrânia.
Em maio, a Polônia anunciou detalhes do "East Shield", um programa de US$ 2,5 bilhões (R$ 13,4 bilhões) para reforçar as defesas ao longo de sua fronteira com Belarus e Rússia, e planeja concluir os planos até 2028.