"O obstáculo tem sido a transição para [a Fase 2], na qual o Hamas libertaria os soldados do sexo masculino que permanecem reféns e ambos os lados concordariam com um 'fim permanente das hostilidades' com 'uma retirada total das forças israelenses de Gaza'", escreveu o comentarista David Ignatius.
Segundo o artigo, um alto funcionário dos EUA teria afirmado que o quadro foi acordado e que as partes estão agora negociando os detalhes de como será implementado.
De acordo com Ignatius, um desenvolvimento-chave é que tanto Israel como o Hamas sinalizaram que aceitam um plano de "governança provisória" que começaria com a Fase 2, na qual nem o Hamas nem Israel governariam Gaza.
A segurança da região seria garantida por uma força treinada pelos Estados Unidos e apoiada por países árabes moderados. Essa nova força seria selecionada de um grupo de 2.500 apoiadores da Autoridade Palestina já avaliados por Israel.
O Hamas disse aos mediadores que está "preparado para ceder autoridade ao acordo de governança provisória", disse um responsável dos EUA ao The Washington Post.
O relatório afirma que as autoridades alertam que, embora o quadro já exista, um acordo final provavelmente não é iminente e levará tempo para negociar todos os detalhes.
O movimento islâmico Hamas assumiu violentamente o controle de Gaza ao partido secular Fatah em 2007 e os dois grupos palestinos permaneceram em desacordo desde então, sendo o Hamas o governante de fato na Faixa de Gaza.
Segundo a reportagem dos meios de comunicação norte-americanos, ambos os lados estão motivados para acabar com os combates e Israel quer preparar as suas forças para um possível confronto com o Irã e os seus aliados.