Os ministros da Defesa de França, Alemanha, Itália e Polônia assinaram, nesta quinta-feira (11), uma carta para iniciar o desenvolvimento de mísseis de cruzeiro lançados do solo com alcance superior a 500 quilômetros.
De acordo com a Reuters, a produção visas preencher uma lacuna nos arsenais europeus que, segundo esses países, foi exposta após o conflito entre Rússia e Ucrânia. O acordo foi assinado à margem da cúpula da OTAN.
Ao mesmo tempo, Romênia, Bulgária e Grécia assinaram um acordo também nesta quinta-feira (11) para permitir o rápido movimento transfronteiriço de tropas e armas para o flanco oriental da OTAN, informou o Ministério da Defesa da Romênia.
O objetivo é "otimizar os corredores de transporte para responder às necessidades de mobilidade militar, criando linhas de abastecimento rodoviárias e ferroviárias entre os estados participantes, reduzindo a burocracia em tempos de paz e maximizando a eficiência em caso de situações de emergência", disse o ministério romeno, citado pela mídia.
O planejado corredor de mobilidade militar harmonizado entre os três Estados da OTAN e da União Europeia foi um dos dois corredores de mobilidade acordados paralelamente à cúpula da aliança em Washington.
Os três países também poderiam conectar seus portos nos mares Egeu e Negro, ressalta a mídia.
Já os Estados Unidos, Canadá e a Finlândia formarão um consórcio para construir navios quebra-gelos, disse uma alta autoridade do governo norte-americano. A iniciativa, chamada de Esforço de Colaboração Quebra-Gelo (ICE, na sigla em inglês) foi também revelada hoje (11), à margem da cúpula.
O acordo visa produzir uma frota de navios quebra-gelo para "projetar poder" nas regiões polares e aplicar normas e tratados internacionais, disse um alto funcionário do governo dos EUA a repórteres, chamando-o de "imperativo estratégico".
O acordo reunirá a demanda dos aliados para aumentar a capacidade de construção naval, disse a autoridade, acrescentando que foi elaborado para enviar uma mensagem à Rússia e à China.
"Sem esse acordo, correríamos o risco de nossos adversários desenvolverem uma vantagem em uma tecnologia especializada com grande importância geoestratégica, o que também poderia permitir que eles se tornassem o fornecedor preferencial para países que têm interesse em comprar quebra-gelos polares", afirmou.
A medida ocorre enquanto a China busca desenvolver novas rotas de navegação no Ártico e expandir sua pesquisa na Antártida. Governos ocidentais temem que o Exército chinês possa ganhar melhores capacidades operacionais e de vigilância com suas atividades polares.
China e Rússia têm trabalhado juntas para desenvolver rotas de navegação no Ártico. Moscou tem mais de 40 quebra-gelos com outros em produção, e Pequim opera sua própria frota menor, mas crescente.