Sobre a aliança militar e Israel, Erdogan disse que "até que uma paz abrangente e sustentável seja estabelecida na Palestina, tentativas de cooperação com Israel dentro da OTAN não serão aprovadas pela Turquia", afirmou o presidente, citado pela Reuters.
Ainda no Oriente Médio, o chefe de Estado confirmou que instruiu o ministro das Relações Exteriores turco, Hakan Fidan, a se encontrar com o presidente sírio Bashar al-Assad para começar a restaurar as relações com a Síria.
No domingo (7), Erdogan anunciou que Ancara estenderá um convite a Assad "a qualquer momento" para possíveis negociações a fim de voltar os laços com o país vizinho.
Ao mesmo tempo, o chefe de Estado informou que "continua seus esforços diplomáticos" para acabar com o conflito entre Rússia e Ucrânia.
Em um terceiro tópico, o líder disse que, após ter conversado com Joe Biden na cúpula, a questão das vendas dos caças F-16 dos Estados Unidos para Turquia serão "resolvidas entre três e quatro semanas".
Desde 2021 a Turquia vem tentando comprar 40 caças F-16 e 79 kits para modernizar sua frota existente, bem como centenas de bombas e mísseis.
Depois de muita resistência, Washington afinal aprovou a compra no início deste ano. Mas agora o governo turco está pressionando para comprar menos kits de atualização e munições.
Na mesma coletiva, Erdogan também afirmou que espera solidariedade dos aliados da OTAN em sua luta contra organizações classificadas por Ancara como terroristas.
"Não é possível aceitarmos o relacionamento desonesto que alguns de nossos aliados estabeleceram, especialmente com o PYD/YPG, a extensão da organização terrorista PKK na Síria", disse ele.
Por fim, o presidente turco reafirmou que o objetivo de Ancara é se tornar um membro permanente, e não apenas um observador, da Organização para Cooperação de Xangai (OCX).