O relatório ao qual a reportagem teve acesso revela que Camarinha foi contratado de abril a dezembro de 2022 de maneira "fraudulenta".
"O médico não desenvolvia qualquer atividade profissional que mantivesse ligação com o cargo de assessor nem frequentava as dependências do escritório", diz um trecho da investigação divulgado pela matéria.
Ainda segundo o site, o relatório afirma que a contratação foi imposta à equipe.
"As apurações da comissão confirmaram notícias publicadas na mídia sobre a contratação […] do médico de Jair Bolsonaro, que, segundo relatos colhidos, foi imposta à equipe, contratado pela sede em Brasília e expatriado por meio de instrumentos de excepcionalidade […] em abril de 2022", diz a apuração interna.
General Lourena Cid incriminado
O relatório também apontou que o general Mauro Lourena Cid, que comandou o escritório de Miami da agência entre junho de 2019 e janeiro de 2023, usou a representação nos EUA para negociar joias sauditas desviadas da União. Sua gestão, segundo a ApexBrasil, teve uma série de "delitos graves e desvios de conduta".
Lourena Cid, Mauro Cid, seu filho e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e o próprio ex-presidente foram indiciados pela Polícia Federal por supostamente integrar organização criminosa que desviou e vendeu presentes de autoridades estrangeiras durante a gestão Bolsonaro.