Panorama internacional

Pequim repreende UE por nota sobre mar do Sul da China: 'Farsa política disfarçada de legalidade'

A União Europeia (UE) emitiu uma declaração para marcar o oitavo aniversário da arbitragem sobre a soberania em regiões do mar do Sul da China, arbitragem que foi favorável às Filipinas. Pequim disse que o bloco ignorou fatos históricos e "endossou descaradamente" a violação da soberania chinesa.
Sputnik
Na declaração, publicada na quinta-feira (11), o bloco europeu diz que "considera a sentença arbitral de 2016 como juridicamente vinculativa para as partes no processo, incluindo a importante conclusão de que o [recife] Second Thomas Shoal está dentro da zona econômica exclusiva e da plataforma continental das Filipinas".
A missão chinesa na UE declarou estar profundamente insatisfeita e resolutamente contra a declaração europeia.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, disse a repórteres em uma coletiva de imprensa regular em Pequim hoje (12) que o caso de arbitragem era "essencialmente uma farsa política disfarçada de legalidade".

"O caso de arbitragem foi iniciado pelas Filipinas unilateralmente em violação ao próprio compromisso das Filipinas com a China. O lado filipino, às custas de suas relações com a China, caiu em uma armadilha preparada pelos EUA e países ocidentais […] e se tornou uma ferramenta para alguns países construírem um pequeno círculo de Estados anti-China e repressores da China", afirmou o porta-voz citado pelo briefing do Ministério das Relações Exteriores chinês.

O Departamento de Estado norte-americano também emitiu sua própria declaração para marcar a decisão de 2016.

"Esperamos que o lado filipino honre seus compromissos, pare de citar e exagerar a sentença ilegal e volte ao caminho certo da negociação bilateral para as disputas o mais rápido possível", acrescentou Lin Jian.

A China reivindica a soberania sobre várias partes do mar do Sul da China, incluindo o disputado Second Thomas Shoal, onde as Filipinas mantêm um navio de guerra enferrujado que encalhou deliberadamente em 1999 para reforçar suas reivindicações marítimas e que tem sido central para um impasse recente entre os dois países.
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