Na declaração, publicada na quinta-feira (11), o bloco europeu diz que "considera a sentença arbitral de 2016 como juridicamente vinculativa para as partes no processo, incluindo a importante conclusão de que o [recife] Second Thomas Shoal está dentro da zona econômica exclusiva e da plataforma continental das Filipinas".
A missão chinesa na UE declarou estar profundamente insatisfeita e resolutamente contra a declaração europeia.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, disse a repórteres em uma coletiva de imprensa regular em Pequim hoje (12) que o caso de arbitragem era "essencialmente uma farsa política disfarçada de legalidade".
"O caso de arbitragem foi iniciado pelas Filipinas unilateralmente em violação ao próprio compromisso das Filipinas com a China. O lado filipino, às custas de suas relações com a China, caiu em uma armadilha preparada pelos EUA e países ocidentais […] e se tornou uma ferramenta para alguns países construírem um pequeno círculo de Estados anti-China e repressores da China", afirmou o porta-voz citado pelo briefing do Ministério das Relações Exteriores chinês.
O Departamento de Estado norte-americano também emitiu sua própria declaração para marcar a decisão de 2016.
"Esperamos que o lado filipino honre seus compromissos, pare de citar e exagerar a sentença ilegal e volte ao caminho certo da negociação bilateral para as disputas o mais rápido possível", acrescentou Lin Jian.
A China reivindica a soberania sobre várias partes do mar do Sul da China, incluindo o disputado Second Thomas Shoal, onde as Filipinas mantêm um navio de guerra enferrujado que encalhou deliberadamente em 1999 para reforçar suas reivindicações marítimas e que tem sido central para um impasse recente entre os dois países.
O conselheiro de Segurança Nacional das Filipinas, Eduardo Año, disse nesta sexta-feira (12) a repórteres em Manila que seu país não queria guerra e que os esforços estavam em andamento para diminuir as progressivas tensões.