A Coreia do Norte avisou no sábado (13) que aumentará suas capacidades de combate nuclear e fazer com que os EUA e a Coreia do Sul paguem "um preço inimaginavelmente severo" pelo recente acordo bilateral, que diz revelar a intenção de invadir o Norte.
Joe Biden e Yoon Suk-yeol, presidentes dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, respectivamente, autorizaram na quinta-feira (11) a assinatura de diretrizes conjuntas de dissuasão nuclear para enfrentar o suposto crescente arsenal nuclear da Coreia do Norte, o que implica o possível uso de armas nucleares dos EUA. Seul, por sua vez, não tem tais meios militares.
Especialistas citados pela agência norte-americana Associated Press (AP) afirmam que os EUA e a Coreia do Sul devem mapear conceitos detalhados e planos de operação com base nas diretrizes e analisá-los por meio de exercícios militares bilaterais.
As diretrizes também vêm um ano depois que os dois países estabeleceram um órgão de consulta para reforçar o compartilhamento de informações sobre operações nucleares e discutir como integrar as armas nucleares dos EUA e as armas convencionais sul-coreanas em "contingências".
Em reação, o Ministério da Defesa norte-coreano disse que as diretrizes entre os EUA e a Coreia do Sul revelam "sua intenção sinistra de intensificar os preparativos para uma guerra nuclear contra" a Coreia do Norte.
A declaração acrescenta que as crescentes "ameaças nucleares" de seus inimigos aumentam a urgência de a Coreia do Norte melhorar ainda mais sua prontidão de dissuasão nuclear e adicionar "elementos importantes à composição da dissuasão". Os EUA e a Coreia do Sul "pagarão um preço inimaginavelmente alto" se não pararem com os atos de provocação, aponta o comunicado.