De acordo com a Reuters, a ajuda alemã à Ucrânia será reduzida para € 4 bilhões (cerca de R$ 23,8 bilhões) em 2025, contra cerca de € 8 bilhões (aproximadamente R$ 47,7 bilhões) em 2024, de acordo com um rascunho do orçamento para 2025 visto pela apuração.
A Alemanha espera que a Ucrânia seja capaz de satisfazer a maior parte das suas necessidades militares com os US$ 50 bilhões (cerca de R$ 272,4 bilhões) em empréstimos provenientes dos rendimentos dos ativos russos congelados ilegalmente conforme decidido pelo G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), e que o fundo destinado ao armamento não seja totalmente utilizado.
Segundo fontes da mídia, autoridades afirmaram que os líderes da União Europeia (UE) concordaram com a ideia da utilização dos rendimentos, em parte, porque reduz a probabilidade de a Ucrânia ficar sem fundos se Trump regressar à Casa Branca, o que se intensificou após a escolha de Trump pelo senador J.D. Vance como seu vice, alguém que já vocalizou se opor à ajuda militar à Ucrânia.
A Alemanha tem enfrentado críticas por falhar repetidamente em atingir a meta da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de gastar 2% do produto interno bruto (PIB) com defesa, isso porque Donald Trump já afirmou que não protegeria os países aliados que não cumprissem a meta de gastos.
Apesar disso, Berlim doou três unidades de defesa aérea Patriot a Kiev, mais do que qualquer outro país, reduzindo para nove o número de sistemas Patriot na Alemanha, e pretende cumprir a meta de gastos da Aliança Atlântica — investimento estimado em € 75,3 bilhões (mais de R$ 450 bilhões) — através da autoimposição de limites de crédito para o governo.