Panorama internacional

Eslováquia diz ser contrária à punição de Orbán pela UE após visita do premiê à Rússia

Após o anúncio de possíveis punições ao primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, por conta das visitas de Estado à Rússia e à China, representantes da Eslováquia não vão apoiar as medidas contra o líder húngaro. A informação foi divulgada pelo homólogo do país europeu, Robert Fico, nesta quarta-feira (17).
Sputnik
Na última sexta-feira (12), o jornal Politico informou que ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) planejam boicotar a cúpula de assuntos externos em Budapeste no próximo mês ao organizar sua própria reunião, em resposta às visitas de Orbán à Rússia e à China.

"Instruí o Ministério das Relações Exteriores para que nossos representantes nos órgãos da UE não concordem de forma alguma com ideias literalmente loucas de punir a Hungria na presidência da UE, pelo fato de o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, ter visitado Moscou e Pequim, além de Kiev e Washington com uma iniciativa pela paz", disse Fico nas redes sociais.

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O primeiro-ministro defendeu que os líderes não devem temer a defesa de realizar diálogos abertos não só com a China, mas também com a Rússia. Além disso, Fico declarou que planeja visitar a China para discutir a paz e o papel decisivo de Pequim em sua conquista. A viagem foi adiada após uma tentativa de assassinato contra o político em maio.
Já o presidente eslovaco, Peter Pellegrini, programa uma viagem a Budapeste na próxima quinta (18) para se reunir com o seu homólogo húngaro, Tamas Sulyok, e o presidente do Parlamento, Laszlo Kover.
Orbán realizou uma turnê de "missão de paz" neste mês quando visitou Rússia, Ucrânia e China e se encontrou com os seus presidentes para esboçar a visão de um processo de paz. Mais tarde, ele também se encontrou com o candidato presidencial dos EUA e ex-presidente Donald Trump. Alguns líderes da UE criticaram o que veem como o uso inadequado da presidência rotativa do bloco por Orbán.
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