Os próximos meses podem se tornar os mais difíceis deste ano para as tropas ucranianas, em meio aos avanços graduais do Exército russo e aos atrasos na ajuda ocidental, informa na quarta-feira (17) a agência norte-americana Associated Press (AP), citando especialistas ocidentais.
"Os próximos dois ou três meses provavelmente serão os mais difíceis deste ano para a Ucrânia", disse Michael Kofman, analista do Fundo Carnegie para a Paz Internacional (reconhecido como agente estrangeiro na Rússia), citado pela AP.
A mídia também destaca que as dificuldades da Ucrânia no campo de batalha estão aumentando, mesmo com a aprovação da ajuda dos EUA.
"O Exército de Kiev precisará de tempo para repor totalmente os estoques esgotados. A Ucrânia não poderá organizar uma contraofensiva até o final deste ano, no mínimo."
Antes disso, observa a agência, o atraso de seis meses na ajuda dos EUA "abriu a porta" para uma ofensiva das forças russas, que estão mais bem equipadas, apesar da entrega da ajuda ocidental a Kiev.
A última contraofensiva ucraniana começou em 4 de junho do ano passado e, três meses depois, Vladimir Putin, presidente da Rússia, declarou que ela tinha fracassado completamente. Em janeiro de 2024, Putin reiterou a mensagem, declarando que a iniciativa estava então nas mãos das Forças Armadas russas, e que, se isso continuasse, a existência da Ucrânia como Estado estaria em questão.