"Aquele Congresso Nacional está atrasado, não é o Brasil. Eu tenho certeza que os brasileiros não têm problema nenhum com mulheres ali no centro das mesas", disse a senadora em entrevista ao Jabuticaba Sem Caroço, podcast da Sputnik Brasil.
"A campanha de 2022 cacifou não só a mim, mas todo o meu entorno, toda a minha equipe, todas as pessoas que estiveram comigo, e ela hoje traz um peso diferente, principalmente no momento em que a gente precisa ter coragem, e isso todo mundo viu que eu tenho, que eu não me curvo, e que dentro de um nível democrático, de um nível republicano, de um nível educado, eu consigo me virar de uma forma que a gente marca uma presença."
"Nós hoje estamos unidas por um propósito maior: quem tiver mais condições, quem despontar na frente vai, e os demais estarão dentro do grupo. Então não tenho apego. Se for Eliziane, ótimo, se for outra, ótimo, e se for um homem também, ótimo, desde que nós tenhamos a paridade na mesa, coisa que nunca aconteceu, coisa que nunca aconteceu no Senado."
"Por mais que pareça ridículo — a gente está em 2024 —, nós estamos falando de homens que não gostam de ver mulheres assim, em uma Mesa Diretora do Senado Federal", acrescentou.
"A reforma política chegou ao Senado. E quando ela chegou ao Senado, foi designado o relator, o senador Marcelo Castro [MDB-PI]. Quando nós fomos analisar o texto, ele havia mudado o texto, retirando o direito nosso conquistado de 30% de candidaturas femininas."
"Você não perguntou para o fulano se era muito cedo? A pessoa que nem se lançou, nem foi lançada pelo partido, já é pré-candidata, candidata e já ganhou. Aí quando o meu partido me lança, perguntam para mim: 'Mas não é cedo?'. […] Se tá todo mundo se mexendo nos bastidores, a gente precisa se mexer às claras. Não tem nada de cedo, não", contou, retrucando as sondagens.