A Rosatom está oferecendo seus projetos de usinas nucleares a investidores privados no Brasil, anunciou o diretor do centro da corporação russa na América Latina.
Cerca de 80% da energia do Brasil é gerada por usinas hidrelétricas, mas a demanda de energia do país está em constante crescimento, e estão sendo discutidos planos para aumentar a capacidade de geração brasileira em 10 gW por meio da geração nuclear, notou Ivan Dybov em entrevista à revista da entidade russa, Strana Rosatom.
"É difícil expandir a energia hidrelétrica, então o Brasil está procurando alternativas, especialmente para áreas isoladas como a Amazônia, que agora usam principalmente óleo combustível e diesel. A Rosatom oferece soluções com usinas nucleares de pequeno e grande porte, além de outras – por exemplo, com armazenamento de energia para equilibrar o sistema energético", disse Dybov.
"Também estamos dialogando com investidores e operadores privados. Isso é especialmente relevante agora que a nova liderança do setor nuclear brasileiro mudou a visão da operação de usinas nucleares, permitindo que empresas privadas participem do processo", acrescentou ele.
A Rosatom tem experiência na implementação de projetos de transferência de construção e operação, apontou.
"Além disso, os parceiros estão muito interessados em projetos de suprimento de energia para instalações industriais isoladas na Rússia. Um exemplo recente, a empresa Diamante está considerando substituir sua usina a carvão por um reator nuclear. A Rosatom, líder de mercado em reatores de pequena e média potência, está pronta para implementar esses projetos", concluiu o funcionário.