"[…] Se pode dizer que, após a adesão à OTAN, na Turquia se formaram duas estruturas. Uma delas era – o 'Estado nacional' que defendia os interesses da Turquia, e a outra era os 'EUA dentro da Turquia', que defendia os interesses americanos, opostos aos interesses da Turquia. No entanto, elas não conseguiram coexistir e uma grande batalha ocorreu em 15-16 de julho de 2016 com uma tentativa de golpe por [seguidores de Fethullah Gulen], apoiados pelos EUA. Naquele dia, a Turquia lutou com a OTAN tanto dentro como fora do país, e essa guerra continua", explicou o especialista turco.
"O discurso de Erdogan na cúpula da OTAN mostra isso. A Turquia quer deixar a OTAN [...], sabe que está sob a mira do imperialismo ocidental. É por isso que Erdogan diz: 'O Ocidente não foi capaz de atingir seus objetivos na Ucrânia, apesar de todas as armas e apoio financeiro", afirma o analista.