Os dados são do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, divulgado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento. O déficit primário representa o resultado das contas do governo sem os juros da dívida pública.
No último documento, apresentado em maio, a expectativa do governo federal era de um rombo de R$ 14,5 bilhões, ante R$ 9,3 bilhões no mês de maio. Porém, o valor pode ser reduzido caso ocorra aumento na arrecadação.
Para isso, a equipe econômica quer aprovar no Senado medidas que compensem a prorrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores.
Já com relação aos gastos do Executivo, o relatório trouxe aumento de R$ 20,7 bilhões, principalmente por conta da tragédia climática no Rio Grande do Sul.
Houve também a revisão dos custos com o BPC, que é pago a idosos, deficientes e pessoas com doenças incapacitantes carentes, além da Previdência Social, com um incremento de R$ 11 bilhões neste ano.
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um bloqueio de R$ 15 bilhões para se adequar ao teto de gastos públicos aprovado pelo Congresso Nacional em 2023. Conforme a regra, o governo deve buscar déficit zero, com margem de tolerância de até 0,25% do produto interno bruto (PIB).