"Vimos mais de 100 garrafas de champanhe e cestas de água mineral em garrafas de barro", disse o líder da equipe, Tomasz Stachura.
Embora também tenham encontrado vinho e porcelana a bordo do veleiro, o mergulhador destacou a água mineral como um achado de maior interesse, o que "lhes deu mais pistas" para a investigação seguinte.
Posteriormente, os pesquisadores determinaram que a água mineral era da marca alemã Selters, uma das águas mais antigas extraídas da Europa e muito popular no século XX.
"Graças ao formato do selo e à ajuda dos historiadores, sabemos que a água foi engarrafada entre 1850 e 1876, o que pode apontar para um provável período de naufrágio do navio", acrescentou Stachura.
Na opinião do pesquisador, uma das causas do naufrágio do veleiro, encontrado a cerca de 20 milhas náuticas (pouco mais de 32 quilômetros) ao sul da ilha sueca de Oland, poderá ter sido tanto o peso excessivo da mercadoria transportada como uma tempestade no mar.
"É um veleiro pequeno de 16 metros. O que chama a atenção é o fato de o barco, comparado à carga, ser bastante humilde", disse.
Os mergulhadores presumem que o proprietário do navio pediu dinheiro emprestado para comprar a carga em Copenhague e rumou para Estocolmo, na esperança de enriquecer.
Stachura também apontou outra hipótese sobre o ocorrido, segundo a qual o veleiro colidiu com outro. Isso pode explicar os danos na proa da embarcação afundada.
A equipe de mergulhadores poloneses procura um patrocinador para organizar uma inspeção aos restos mortais sob a supervisão de arqueólogos suecos, a quem relataram a sua descoberta.