"As cifras são assustadoras, com 25.803 homicídios intencionais, dos quais apenas 8,42% estão resolvidos. Os números demonstram o total fracasso de um plano que não existe e que é apenas uma invenção do marketing político do governo atual", afirmou Berrezueta.
O parlamentar declarou que os dados correspondem às informações oficiais solicitadas à Polícia Nacional pelo mandato, referentes aos homicídios intencionais e às pessoas detidas por diante dos estados de exceção decretados pelo presidente Daniel Noboa, de 1º de janeiro a 20 de junho de 2024.
Berrezueta informou que o número de detidos é de 10.467, dos quais 24,17% estão em prisão preventiva, enquanto 48,82% estão na condição de "sem dados". A autoridade política indicou ainda que toda a documentação está respaldada e será apresentada no momento oportuno no âmbito do julgamento político da ministra do Interior, Mónica Palencia.
No dia 15 de julho, Palencia destacou que as mortes violentas diminuíram em 18% ao longo dos seis primeiros meses do ano, com 691 mortes violentas a menos do que no mesmo período de 2023.
Crise na segurança pública
O Equador já completou seis meses de declaração de conflito armado interno, medida adotada pelo presidente Noboa para enfrentar o crime organizado, enquanto atualmente vigora um estado de exceção em sete das 24 províncias do país devido à persistência dos números alarmantes de insegurança.
O presidente Noboa apresentou durante a campanha eleitoral de 2023 o Plano Fênix, criticado pela população por não conter o crime organizado no país, inclusive com aumento das extorsões e cobranças feitas pelas facções sob a ameaça de retirar a proteção dos negócios.