Na sexta-feira (26), Amorim já havia se reunido com o chanceler venezuelano, Yvan Gil.
De acordo com a assessoria de comunicação do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Amorim também se reuniu com o Centro Carter, uma organização sem fins lucrativos fundada pelo ex-presidente americano Jimmy Carter. Representantes dessa entidade estão no país para acompanhar as eleições deste domingo. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.
Nas redes sociais, o chanceler venezuelano afirmou que o encontro de sexta-feira com Amorim foi cordial, e que discutiram "a impecável organização do processo por parte do nosso Poder Eleitoral; um dos mais transparentes e seguros do mundo".
Troca de farpas
Após falas do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, descredibilizando as urnas eletrônicas do Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral anunciou na quinta-feira (24), que não enviaria mais observadores brasileiros ao país.
Por meio de nota, o TSE escreve que "em face de falsas declarações contra as urnas eletrônicas brasileiras, que, ao contrário do que afirmado por autoridades venezuelanas, são auditáveis e seguras, o Tribunal Superior Eleitoral não enviará técnicos para atender convite feito pela Comissão Nacional Eleitoral daquele país para acompanhar o pleito do próximo domingo [28]".
Irritação de Lula
De acordo com o jornal O Globo, membros do governo em Brasília ficaram especialmente irritados com a fala de Maduro, uma vez que as declarações se aproximam de críticas feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral do país.
"Para integrantes do governo, a declaração afetou uma das bandeiras mais caras para o Brasil e toda a América Latina: a democracia", relata a mídia.