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Na reta final das eleições, Maduro e González prometem recuperação econômica e 'liberdade'
Na reta final das eleições, Maduro e González prometem recuperação econômica e 'liberdade'
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O presidente e candidato à reeleição Nicolás Maduro, e seu principal rival da oposição, Edmundo González, estão na corrida final da disputa para as eleições na... 26.07.2024, Sputnik Brasil
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Após uma crise econômica severa por quase nove anos, com escassez de medicamentos, alimentos, peças de reposição para veículos e longas filas para abastecer combustível, a Venezuela volta às urnas no próximo domingo (28) para escolher o presidente que vai governar o país nos próximos seis anos.O governo Maduro defendeu que a situação foi causada pelas sanções impostas pelos Estados Unidos contra a empresa petrolífera Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA), responsável por grande parte das exportações venezuelanas.Além disso, o país entrou em um processo de hiperinflação em 2017, com índices mensais superiores a 50%, causando a diminuição do poder aquisitivo diante do aumento de preços.Maduro promete seguir com recuperação econômica Após cinco anos com altos índices de inflação, no final de 2022, a Venezuela começou a ver a luz no fim do túnel. Naquela época, Maduro declarou o fim do processo inflacionário, depois de 12 meses com índices inferiores a 50%, e iniciou o Programa de Recuperação Econômica, Crescimento e Prosperidade.Ao longo da corrida eleitoral, Maduro prometeu aprofundar o processo de recuperação do país e, por isso, pediu uma nova oportunidade para governar pelos próximos seis anos.Além disso, Maduro assegurou, apesar das sanções, que conseguiu que em junho a inflação fosse de 1%, a mais baixa em 39 anos, segundo dados do Banco Central do país. Para o mandatário, a recuperação está em andamento e, diferentemente de mais de cinco anos atrás, quando começou seu segundo mandato, desta vez o panorama é diferente, já que há medicamentos, alimentos, peças de reposição para automóveis e poucas filas para abastecer gasolina.O economista e professor da Universidade de Zulia, Omar Muñoz, explicou à Sputnik que a nação sul-americana registra uma estabilidade econômica, apesar de o governo não ter conseguido recuperar os salários dos trabalhadores.Na Venezuela, o salário mínimo é de 130 bolívares, equivalente a US$ 3,5 (R$ 19,80, na cotação atual), desde 2022.Sobre a Venezuela pesam mais de 900 sanções que provocaram a diminuição de 99% dos ingressos, causando perdas de mais de US$ 232 bilhões (R$ 1,31 trilhão, na cotação atual) na última década, segundo o governo.Oposição promete 'liberdade e prosperidade'Edmundo González, que concorre pela primeira vez à presidência da Venezuela e espera pôr fim à Revolução Bolivariana que está no poder há 25 anos, prometeu alcançar a "liberdade e prosperidade" do país.Para isso, o candidato assegurou que, após as eleições, haverá reencontro e reconciliação e que não perseguirá nem demitirá os cidadãos de seus postos de trabalho.Com relação à economia, González também prometeu estabilizar a moeda e impulsionar o investimento estrangeiro. Além disso, a oposição culpa o governo Maduro pelo colapso econômico no país e pela migração de milhões de venezuelanos.Conforme a agência do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), 6,8 milhões de pessoas saíram da Venezuela nos últimos anos. No entanto, o governo assegura que mais de 30 mil pessoas retornaram ao país desde 2018.Na opinião de Muñoz, se a oposição vencer, a recuperação econômica que o país experimentou pode retroceder. "Vão fazer a economia naufragar porque não estão buscando a estabilidade do país, querem um país instável para controlá-lo a partir do descontentamento", afirmou.No entanto, o especialista considerou que se Maduro vencer as eleições, o mandatário deverá impulsionar uma agenda para atender a outros setores sociais afetados na nação sul-americana.Além disso, manifestou que se houver rompimento do equilíbrio político, a economia nacional será afetada.Cerca de 21,3 milhões de cidadãos estão habilitados para votar nas presidenciais de 28 de julho. O próximo presidente da Venezuela assumirá o cargo em 10 de janeiro de 2025 para um mandato de seis anos.
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Na reta final das eleições, Maduro e González prometem recuperação econômica e 'liberdade'
20:16 26.07.2024 (atualizado: 22:14 26.07.2024) O presidente e candidato à reeleição Nicolás Maduro, e seu principal rival da oposição, Edmundo González, estão na corrida final da disputa para as eleições na Venezuela. Enquanto Maduro espera um terceiro mandato, em que prometeu continuar o plano de recuperação econômica, González ofereceu alcançar a "liberdade e prosperidade" do país.
Após uma crise econômica severa por quase nove anos, com escassez de medicamentos, alimentos, peças de reposição para veículos e longas filas para abastecer combustível, a Venezuela volta às urnas no próximo domingo (28) para escolher o presidente que vai governar o país nos próximos seis anos.
O
governo Maduro defendeu que a situação foi causada pelas sanções impostas pelos Estados Unidos contra a empresa petrolífera Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA), responsável por grande parte das exportações venezuelanas.
Além disso, o país entrou em um processo de hiperinflação em 2017, com índices mensais superiores a 50%, causando a diminuição do poder aquisitivo diante do aumento de preços.
Maduro promete seguir com recuperação econômica
Após cinco anos com
altos índices de inflação, no final de 2022, a Venezuela começou a ver a luz no fim do túnel. Naquela época, Maduro declarou o fim do processo inflacionário, depois de 12 meses com índices inferiores a 50%, e iniciou o
Programa de Recuperação Econômica, Crescimento e Prosperidade.
Ao longo da corrida eleitoral, Maduro prometeu aprofundar o processo de recuperação do país e, por isso, pediu uma nova oportunidade para governar pelos próximos seis anos.
"Tenho o plano, recuperamos a Venezuela com nosso próprio esforço. E agora estamos no caminho do crescimento, da prosperidade, da geração de riquezas", declarou no encerramento em Caracas.
Além disso, Maduro assegurou, apesar das sanções, que conseguiu que em junho
a inflação fosse de 1%, a mais baixa em 39 anos, segundo dados do
Banco Central do país. Para o mandatário, a recuperação está em andamento e, diferentemente de mais de cinco anos atrás, quando começou seu segundo mandato, desta vez o panorama é diferente, já que há medicamentos, alimentos, peças de reposição para automóveis e poucas filas para abastecer gasolina.
O economista e professor da Universidade de Zulia, Omar Muñoz, explicou à Sputnik que a nação sul-americana registra uma estabilidade econômica, apesar de o governo não ter conseguido recuperar os salários dos trabalhadores.
"Tem havido estabilidade política que se reflete, apesar do alto custo que os trabalhadores estão pagando, porque mesmo com mecanismos compensatórios para o salário, ainda não é o salário que compensa", expressou.
Na Venezuela, o salário mínimo é de 130 bolívares, equivalente a US$ 3,5 (R$ 19,80, na cotação atual), desde 2022.
Sobre a Venezuela pesam mais de 900 sanções que provocaram a diminuição de 99% dos ingressos, causando perdas de mais de US$ 232 bilhões (R$ 1,31 trilhão, na cotação atual) na última década, segundo o governo.
Oposição promete 'liberdade e prosperidade'
Edmundo González, que concorre pela primeira vez à
presidência da Venezuela e espera pôr fim à Revolução Bolivariana que está no poder há 25 anos, prometeu alcançar a "liberdade e prosperidade" do país.
Para isso, o candidato assegurou que, após as eleições, haverá reencontro e reconciliação e que não perseguirá nem demitirá os cidadãos de seus postos de trabalho.
"As pessoas estão cansadas de tanta mentira, de tantos maus-tratos. A vantagem que temos é histórica em um processo desse tipo. Isso deixa claro que vamos ganhar e confiamos que nossas Forças Armadas farão respeitar a vontade do nosso povo, porque milhões de venezuelanos querem uma mudança", declarou González no ato de encerramento em Caracas.
Com relação à economia, González também prometeu estabilizar a moeda e impulsionar o investimento estrangeiro. Além disso, a oposição culpa o governo Maduro pelo colapso econômico no país e pela migração de milhões de venezuelanos.
Conforme a agência do
Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), 6,8 milhões de pessoas saíram da Venezuela nos últimos anos. No entanto, o governo assegura que
mais de 30 mil pessoas retornaram ao país desde 2018.
Na opinião de Muñoz, se a oposição vencer, a recuperação econômica que o país experimentou pode retroceder. "Vão fazer a economia naufragar porque não estão buscando a estabilidade do país, querem um país instável para controlá-lo a partir do descontentamento", afirmou.
No entanto, o especialista considerou que se Maduro vencer as eleições, o mandatário deverá impulsionar uma agenda para atender a outros setores sociais afetados na nação sul-americana.
"Há uma série de mecanismos como transporte e saúde que o governo está tentando responder, mas ainda falta muito mais. Esperamos que essa etapa que se abre a partir de 29 de julho reconstrua uma agenda que compense os setores populares", apontou.
Além disso, manifestou que se houver rompimento do equilíbrio político, a economia nacional será afetada.
Cerca de 21,3 milhões de cidadãos estão habilitados para votar nas presidenciais de 28 de julho. O próximo presidente da Venezuela assumirá o cargo em 10 de janeiro de 2025 para um mandato de seis anos.
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