O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, exortou neste domingo (28) os países do mundo a tomarem uma decisão séria contra os crimes cometidos pelo governo de Israel, que ele classificou como "uma gangue de criminosos terroristas". As declarações foram repercutidas pela agência iraniana Tasnim.
"Houve um tempo em que o assunto da Palestina era uma preocupação exclusiva dos países islâmicos. [Mas] hoje, a questão da Palestina e de Gaza se tornou uma preocupação geral e global. De dentro do Congresso dos EUA às Nações Unidas, às Olimpíadas de Paris e em todos os outros lugares, essa questão está atualmente ganhando atenção e se espalhando [pelo mundo todo]", disse Khamenei.
O aiatolá condenou as ações das autoridades israelenses, descrevendo-os como "assassinos".
"O regime sionista não é um governo. Eles são uma gangue de criminosos. Eles são uma gangue de assassinos. Eles são uma gangue de terroristas. Em seus atos de terrorismo, crueldade e crime, eles atingiram um novo nível em seus crimes chocantes na história da criminalidade humana no mundo", afirmou o líder.
As declarações de Khamenei foram dadas durante a cerimônia em Teerã na qual o líder supremo iraniano endossou formalmente Masoud Pezeshkian, nomeando-o como o 9º presidente da República Islâmica do Irã.
Após conceder o decreto de endosso ao novo presidente, Khamenei saudou a 14ª eleição presidencial do país como um triunfo significativo para a nação iraniana em um teste importante.
"Apesar da atmosfera de tristeza pública causada pela morte do nosso presidente martirizado, a 14ª eleição presidencial foi admirável, pois foi uma eleição calma, saudável e competitiva, e os rivais mostraram um comportamento moral em relação ao presidente eleito após as eleições", disse o líder.