A dívida pública federal encerrou o mês de junho com alta de 2,25% na comparação com o mês anterior e chegou a R$ 7,06 trilhões. Em maio, o índice estava em R$ 6,9 trilhões.
Com o resultado, o valor já atingiu o previsto até o fim de 2024 no Plano Anual de Financiamento (PAF). O coordenador-geral das Operações da Dívida Pública, Helano Borges Dias, disse à Agência Brasil que a equipe econômica do governo vai se reunir em agosto para discutir a necessidade de revisão do plano.
"O que a gente tem planejado é para cumprir o PAF. Evidentemente, o cenário mudou muito ao longo do ano", declarou. Porém, o dirigente lembra que há expectativa de diminuir os juros nos Estados Unidos, o que pode reduzir a pressão sobre a dívida brasileira, que em parte é indexada ao câmbio.
Já com relação à dívida pública federal externa, houve alta de 9,86% entre maio e junho, saltando de R$ 285,4 bilhões para R$ 313,6 bilhões no mês passado, conforme o Tesouro Nacional.
O colchão da dívida pública, que é a reserva financeira disponível para momentos de turbulência, registrou alta de 7,05% no período e atingiu R$ 1,1 trilhão, o que cobre mais de oito meses de gastos do governo com o pagamento de débitos.