Logo após o início da operação militar especial russa na Ucrânia, Washington e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) têm aumentado o fluxo de ajuda militar para Kiev, o que, para o Kremlin só colabora para o prolongamento do conflito.
De acordo com o Politico, a volta de Trump "dividiria e enfraqueceria a OTAN" até o ponto em que alguns aliados poderiam interromper seu apoio à Ucrânia.
Se Trump se tornar o 47º presidente norte-americano, seus assessores podem pedir o fim do conflito na Ucrânia "para impedir que os EUA sejam atraídos [para o conflito] caso a Rússia [decida] retaliar contra membros da OTAN que fornecem [armas] à Ucrânia", acrescentou o Politico.
Há também um cenário em que os aliados da OTAN dos EUA rejeitam um acordo de paz e continuam a ajudar Kiev, o que pode levar Trump a retirar as garantias de defesa dos EUA a esses países, concluiu o veículo.
Trump afirmou repetidamente que, se reeleito, pretende alcançar uma solução para o conflito na Ucrânia em apenas 24 horas. Comentando o assunto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, enfatizou que o problema é muito complicado para ser resolvido dessa forma.
Os países ocidentais têm fornecido apoio militar e financeiro massivo a Kiev desde o início da operação militar especial da Rússia em fevereiro de 2022. O Kremlin tem alertado consistentemente contra entregas contínuas de armas a Kiev, dizendo que elas só levam a uma maior escalada do conflito.