"As FDI anunciam que no ataque preciso baseado em dados de inteligência, os caças israelenses mataram o comandante do mais alto escalão e chefe da unidade estratégica da organização terrorista Hezbollah, Fuad Shukr, na área de Beirute", diz o comunicado do Exército.
O governo do Líbano não confirmou a morte de Shukr, mas afirmou que o ataque matou uma mulher e duas crianças e deixou pelo menos 74 pessoas feridas, segundo a emissora libanesa Al Jadeed, citando o Ministério da Saúde libanês.
Mais cedo, uma fonte de segurança libanesa disse à Sky News Arabia que Fuad Shukr morreu no ataque israelense.
De acordo com as FDI, Shukr era o "braço direito" do secretário-geral da organização, Hassan Nasrallah, e conselheiro em planejamento e gerenciamento de operações militares.
À Sputnik, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia classificou os ataques ao Líbano como uma violação do direito internacional.
ONU 'profundamente' preocupada
O Escritório do Coordenador Especial das Nações Unidas para o Líbano (UNSCOL, na sigla em inglês), chefiado por Jeanine Hennis-Plasschaert, declarou profunda preocupação com o ataque, que ocorreu em um subúrbio "densamente povoado". A coordenadora especial ressaltou mais uma vez que não existe solução militar e apela a Israel e ao Líbano que usem as vias diplomáticas para buscar um retorno à cessação das hostilidades.
No sábado passado (27), um foguete disparado contra o município de Majdal Shams, nas Colinas de Golã, ocupadas por Israel, atingiu um campo de futebol matando 12 crianças entre 10 e 16 anos de idade e deixando 30 feridos. Tel Aviv culpou o Hezbollah pelo ataque.
As FDI afirmam que o foguete disparado foi um Falaq-1 de fabricação iraniana com uma ogiva contendo mais de 50 quilos de explosivos. Uma fonte de alto escalão do Hezbollah garantiu à Sputnik que o movimento não tem ligação com o ataque a Majdal Shams.
Em retaliação, a Força Aérea Israelense atacou depósitos de armas e outros alvos do Hezbollah na noite de sábado (27) para domingo (28) e 15 cidades ao leste e ao sul do Líbano com artilharia pesada, segundo o canal de TV Al Manar.
O gabinete de ministros do Líbano informou mais cedo que convocará uma reunião amanhã (31) pela manhã, a fim de discutir o ataque aéreo israelense na capital libanesa.
O premiê disse que o Líbano reserva-se o direito de tomar todas as medidas para impedir a agressão israelense. Ele acrescentou que convocou a reunião do gabinete libanês para discutir a questão.