"É normal que tenha uma briga. Como resolve essa briga? Apresenta a ata. Se a ata tiver dúvida entre a oposição e a situação, a oposição entra com um recurso e vai esperar na Justiça o processo. E vai ter uma decisão, que a gente tem que acatar. Eu estou convencido de que é um processo normal, tranquilo", declarou.
"Na hora que tiver apresentado as atas e for consagrado que a ata é verdadeira, todos nós temos a obrigação de reconhecer o resultado eleitoral da Venezuela", declarou Lula.
"O PT reconheceu, a nota do Partido dos Trabalhadores reconhece, elogia o povo venezuelano pelas eleições pacíficas que houve. E ao mesmo tempo ele reconhece que o colégio eleitoral, o tribunal eleitoral já reconheceu o Maduro como vitorioso, mas a oposição ainda não. Então tem um processo. Não tem nada de grave, não tem nada de assustador. Eu vejo a impresa brasileira tratando como se fosse a Terceira Guerra Mundial. Não tem nada de anormal. Teve uma eleição, teve uma pessoa que disse que teve 51%, teve uma pessoa que disse que teve 40 e poucos por cento. Um concorda, o outro não. Entra na Justiça, e a Justiça faz [a melhor avaliação]."
Amorim volta da Venezuela e defende 'cautela' do Brasil
"Temos que ir com cautela, porque o Brasil, com o México e a Colômbia, tem enorme capacidade de influência. São os três maiores países da América Latina, que têm uma visão mais progressista e que poderão ajudar a construir uma solução rumo à pacificação. Temos que caminhar em busca de pacificar", disse o assessor especial à coluna.