A defesa de Roberto Jefferson pediu a liberdade do cliente alegando problemas de saúde que impossibilitam a manutenção da prisão, mas a PGR insiste que Jefferson deve continuar preso:
"A manifestação é pela manutenção da prisão preventiva, com a submissão do investigado à junta médica oficial para que aponte, de forma discriminada, quais tratamentos são estritamente necessários à saúde de Roberto Jefferson Monteiro Francisco, bem como eventual contraindicação ao tratamento das enfermidades em ambiência prisional e/ou hospitalar", diz a procuradoria no parecer enviado à Suprema Corte.
O pedido de soltura será analisado por Alexandre de Moraes, relator do caso. Não há prazo para decisão.
Jefferson foi preso em outubro de 2022, às vésperas do segundo turno das eleições, após oferecer resistência armada ao cumprimento do mandado de prisão decretado pelo ministro Alexandre de Moraes. Ele foi indiciado pela Polícia Federal por quatro tentativas de homicídio.
Na ocasião, um agente da Polícia Federal (PF) foi baleado por Jefferson (PTB) durante o cumprimento de mandado de prisão, na casa do ex-parlamentar, em Levy Gasparian, no Rio de Janeiro.
O mandado foi expedido depois que o ex-parlamentar publicou um vídeo na Internet no qual ofendeu a ministra Cármen Lúcia com palavras de baixo calão.
Jefferson usou câmeras do circuito interno de segurança para monitorar a movimentação da equipe formada por três agentes, que estavam na porta de sua propriedade.
Assim que a viatura parou na frente do portão, o ex-presidente nacional do PTB passou a filmar a tela da TV que transmitia as imagens.