"Dou a cara a tapa, me encaminhei à Justiça e disse ainda, como líder político, líder revolucionário da Venezuela, filho do comandante [Hugo] Chávez, que o grande povo patriótico, e o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), estão prontos para apresentar 100% dos registros eleitorais que estão nas nossas mãos", afirmou Maduro depois de ter uma reunião com magistrados do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
Maduro lembrou aos presentes que é coeditor da Constituição da República Bolivariana da Venezuela.
"Fui constituinte, participei no debate de todos os artigos da Constituição. Conheço o alcance que a Constituição tem, as oportunidades jurídicas", alertou o chefe de Estado.
"Trouxe recurso eleitoral contencioso contido na Constituição, na lei orgânica dos processos eleitorais, na lei orgânica do Supremo Tribunal de Justiça, para que a câmara eleitoral do Supremo Tribunal de Justiça se dedique a resolver esse ataque contra o processo eleitoral, essa tentativa de golpe de Estado usando o processo eleitoral e esclarecer tudo o que precisa ser esclarecido sobre esses ataques, sobre esse processo", detalhou.
Derrotados
Maduro recorreu a ataques contra os líderes da oposição Edmundo González e María Corina Machado e alertou que serão derrotados.
"A Venezuela tem instituições fortes. Temos um Supremo Tribunal de Justiça profissional com alto nível e excelência acadêmica, moral e profissional funcionando muito bem, um Judiciário ativo e, diante da guerra psicológica nas redes, na mídia, eu vou ao mais alto tribunal da Venezuela para ser abordado", disse ele.
Assim, pediu à presidente do tribunal, Beatriz Rodríguez, que convocasse "todas as instituições, poder eleitoral, Poder Executivo, poder moral, Procuradoria-Geral da República, para convocar todos os candidatos presidenciais inscritos, os 38 partidos, e compare completamente o que foi esse ataque aos centros eleitorais, [que] queimou e destruiu a sede da CNE [Conselho Nacional Eleitoral], o ataque cibernético, e compare todos os elementos de prova".
Por fim, anunciou sua disponibilidade para ser convocado, interrogado e investigado, "como candidato presidencial, vencedor das eleições de domingo e como chefe de Estado".