De acordo com ela, essa será uma tarefa muito difícil, pois as pessoas já estão parcialmente acostumadas ao outro candidato presidencial, o ex-presidente dos EUA Donald Trump.
"Ela [Harris] tem uma tarefa muito difícil aqui, porque o que realmente precisa fazer é trazer de volta a coalizão de Obama. Aquela coalizão que levou Obama à Casa Branca, [...] que o ajudou a ser reeleito", comentou a especialista à Sputnik.
Ela indica que agora os afro-americanos e hispânicos já se acostumaram um pouco a Trump durante sua presidência e que alguns até estão prontos para votar nele.
A analista acrescentou que Harris, com suas vantagens de idade, origem étnico-racial e de gênero, está geralmente mais próxima da base eleitoral do Partido Democrata do que o atual presidente dos EUA, Joe Biden.
Ela aponta que pesquisas mostram que o tipo de eleitorado que votou em Biden são cidadãos brancos mais velhos, que não estão muito preparados para votar em Harris.
A especialista enfatizou que toda a campanha de Harris provavelmente se desenvolverá em torno da ideia de que Trump é uma ameaça ao país, à sua integridade e, em geral, à democracia.
Por sua vez, outra especialista do Centro de Estudos Norte-Americanos, Aleksandra Voitolovskaya, expressou a opinião de que, em muitos aspectos, o programa de campanha de Harris seria retirado do de Biden, sendo de caráter bastante populista e tendo o maior foco na esfera social.
"[O programa] tem a legalização do direito ao aborto, [...] a ampliação do sistema de seguros, [...] o perdão de dívidas médicas, o aumento do salário mínimo, a energia verde, [...] os benefícios para crianças, os gastos com medicamentos, esse é o tipo de foco, social, que vai permanecer."