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Exército Brasileiro envia tropa da Amazônia para 4ª rodada de treinamento militar nos EUA

Nesta segunda-feira (5), o Exército Brasileiro enviou para os Estados Unidos 180 militares da 23ª Brigada de Infantaria de Selva, sediada em Marabá (PA), que vão participar do CORE 24.
Sputnik
A operação Combined Operations and Rotation Exercise (CORE, ou Exercício Combinado de Rotação e Operações) está em sua quarta edição e será realizada até 4 de setembro, na instalação de Fort Johnson, no estado da Luisiana, segundo a revista Veja.
Além do efetivo do Pará, outros 41 militares de diversas organizações militares do Brasil se juntam ao grupo, que embarcou para os EUA em uma aeronave KC-30, em parceria com a Força Aérea Brasileira.
Ainda segundo a mídia, para participarem do exercício, os militares passaram por intenso adestramento, em nove edições da Operação Munduruku, realizadas em Marabá, desde fevereiro do ano passado.
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As tropas dos dois países "compartilham experiências e trocam conhecimentos sobre doutrina, técnicas, táticas e procedimentos de defesa, visando ampliar a interoperabilidade entre os Exércitos e desenvolver a doutrina militar terrestre", disse a força brasileira, citada pela revista.
O CORE 24 é resultado de um programa de cooperação que estipula exercícios bilaterais anuais entre Brasil e EUA até o ano de 2028.
Operações em conjunto entre norte-americanos e brasileiros não são incomuns para história do Exército Brasileiro, mas a prática, segundo especialistas ouvidos pela Sputnik Brasil, mas deve ser vista com cautela.

A cooperação entre militares é algo corriqueiro no mundo da defesa, mas entre Brasil e EUA "um tanto questionável diante das também históricas intervenções estadunidenses na América Latina, bem como dos relatos de espionagem e monitoramento contra a então presidente, Dilma Rousseff, e o atual presidente, [Luiz Inácio] Lula da Silva", disse Jorge Rodrigues, pesquisador do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social e do Grupo de Estudos de Defesa e Segurança Internacional (Gedes).

O professor adjunto de Segurança Internacional na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Fernando Brancoli, acrescentou ser essencial que o Brasil "também explore parcerias com outras potências militares" como forma de maximizar os benefícios "estratégicos e operacionais, promovendo uma política de defesa mais diversificada e autônoma", declarou Brancoli à Sputnik.
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