"Hoje vou romper publicamente relações com o WhatsApp, porque o WhatsApp está sendo usado para ameaçar a Venezuela e depois vou apagar para sempre o meu WhatsApp do meu telefone", disse Maduro em um evento no Palácio de Miraflores, sede do governo do país sul-americano.
Mais tarde, durante o seu programa de televisão Com Maduro+, o presidente desinstalou o aplicativo de seu celular.
O presidente, que acaba de ser declarado vencedor das eleições realizadas no dia 28 de julho pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país, afirmou que migrará para o aplicativo Telegram e WeChat, e pediu a seus seguidores que parem de usar o WhatsApp.
Maduro denunciou que, através deste sistema, telefones com códigos da Colômbia, Peru, Chile e Estados Unidos têm ameaçado cidadãos venezuelanos nos últimos dias.
"O WhatsApp entregou a lista da Venezuela aos terroristas, para que pudessem atacá-la [...] as cinco potências estão sob ataque do WhatsApp", denunciou o presidente Maduro.
No último domingo (4), o presidente informou sobre a prisão de mais de 2.000 pessoas supostamente envolvidas em protestos violentos contra o seu governo e denunciou que parte desse grupo foi treinada na Colômbia e em grupos paramilitares, bem como no Peru e no Chile.
Um funcionário foi morto nas manifestações e outros 77 ficaram feridos no estado de Aragua (norte), segundo o Ministério Público.
No dia 2 de agosto, o CNE anunciou a vitória de Maduro com 51,95% dos votos, ante 43,18% obtidos por Edmundo González, após a emissão de um segundo boletim.