Ao mesmo tempo, Miller se recusou a responder a respeito das armas norte-americanas, que foram usadas durante a ação, redirecionando perguntas em relação a essa questão ao Pentágono.
"Estamos em contato com os ucranianos relativamente [devido] à operação que empreenderam hoje através da fronteira […]. No entanto, em última análise, as decisões sobre como conduzir suas operações são decisões da própria Ucrânia […]. Nada mudou em nossa política e, com as ações que eles estão tomando hoje, eles não estão violando nossa política", disse Miller durante uma coletiva de imprensa.
Além disso, o representante do Departamento de Estado deixou claro que Kiev não notificou Washington com antecedência sobre sua intenção de iniciar operações militares no território da Federação da Rússia, mas que Washington não considera tal desenvolvimento de eventos algo fora do comum.
"O fato de a Ucrânia não nos ter notificado antecipadamente das táticas que pretende utilizar não é invulgar", disse Miller.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, Valery Gerasimov, disse que, na terça-feira (6), as unidades das Forças Armadas da Ucrânia, com até 1 mil pessoas, partiram para a ofensiva com o objetivo de tomar território na região de Kursk.
Porém, o avanço mais profundo no território russo foi interrompido, observou ele. Segundo Gerasimov, as perdas das forças ucranianas totalizaram 315 pessoas, incluindo pelo menos 100 mortos. Além disso, Kiev perdeu 54 veículos blindados, incluindo sete tanques.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas observou que a operação na região de Kursk será concluída com a derrota do inimigo e o acesso à fronteira do Estado.
O presidente russo, Vladimir Putin, acusou a Ucrânia de lançar uma provocação em larga escala. Putin afirmou que as tropas ucranianas estavam bombardeando as regiões russas indiscriminadamente, atirando em infraestrutura civil e em ambulâncias.
Até agora, 31 pessoas ficaram feridas, incluindo seis crianças. Dessas, 19 pessoas, incluindo quatro crianças, foram hospitalizadas e estão recebendo tratamento hospitalar, segundo o Ministério da Saúde russo.