Comentando a situação na região de Kursk, o especialista libanês disse que a Ucrânia está tentando ganhar pontos com estas ações perante os seus patrocinadores do Ocidente.
O governo ucraniano quer mostrar que "ainda serve para alguma coisa e que pode continuar a guerra, por um lado, e elevar o moral dos seus soldados, por outro".
"[A Ucrânia] está a conduzir estas operações para obter favores da OTAN e de Washington, e o ataque das forças ucranianas à região de Kursk é uma tentativa de obter mais ajuda europeia e norte-americana para que o regime de Kiev possa continuar sua guerra", afirma o cientista político.
Sarkis Abu Zeyd disse também que com a Ucrânia o Ocidente quer distrair a Rússia para que não desempenhe nenhum papel positivo no Oriente Médio.
"A Europa e os Estados Unidos que estão por trás dela não podem travar guerras no Oriente Médio e na Ucrânia ao mesmo tempo e, portanto, os norte-americanos também tentarão equilibrar as duas frentes e pressionar seus aliados a fornecer o apoio necessário a Kiev."
Segundo ele, apesar das tentativas dos países ocidentais de impedir a Rússia de cooperar no cenário mundial, é óbvio para muitos países que Moscou representa uma alternativa à "hegemonia dos Estados Unidos".