"Os EUA ainda estão como antes almejando evitar a derrota da Ucrânia, mas o problema é que eles não sabem como. Porque eles excluíram a única abordagem que poderia realisticamente alcançar este objetivo, ou seja, as negociações com a Rússia baseadas no reconhecimento de fato que a Rússia venceu e que a Ucrânia não só terá que abrir mão de território, mas também se comprometer com a neutralidade", observa o especialista.
Segundo Brenner, neste momento Washington planeja continuar prolongando o conflito na Ucrânia.
"Ninguém em Washington ainda está pronto para aceitar as exigências da Rússia, por isso eles estão esperando, perdendo tempo, e continuam fazendo o que faziam antes – escalando gradualmente a situação ao enviar novas armas que não desempenharão um papel significativo no campo de batalha", explicou o professor.
Em meados de junho, Vladimir Putin, presidente da Rússia, apresentou propostas de paz para resolver o conflito, prevendo o reconhecimento do status da república da Crimeia, das regiões de Kherson e de Zaporozhie e das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) como regiões da Rússia, a consolidação do status não alinhado e livre de armas nucleares da Ucrânia, sua desmilitarização e desnazificação e o levantamento das sanções antirrussas. Kiev rejeitou a iniciativa.