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Lula em lançamento de fragata da Marinha: 'É necessário ter soberania na área da Defesa' (VÍDEO)

Construídas em um estaleiro em Itajaí, em Santa Catarina, a primeira das quatro novas fragatas da Marinha do Brasil foi lançada ao mar nesta sexta-feira (9) em cerimônia que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A embarcação Tamandaré é um navio-escolta que será usado em missões e proteção do território nacional.
Sputnik
Um dos principais programas para a renovação da frota da Marinha brasileira entregou a primeira das quatro novas fragatas quatro anos após a assinatura do acordo que deu início à construção dos equipamentos militares em um estaleiro em Itajaí. Com investimentos de cerca de R$ 9 bilhões, os navios-escolta são produzidos pelo Consórcio Águas Azuis, formado pela Embraer Defesa e Segurança, a subsidiária da companhia brasileira Atech e a gigante alemã ThyssenKrupp Marine Systems.
O acordo prevê ainda a transferência de tecnologia ao Brasil, além de ser responsável pela geração de mais de 8 mil empregos, sendo 6 mil indiretos. Apesar do lançamento da primeira unidade ao mar, só estará disponível para missões em 2025, quando vai receber equipamentos como mísseis e torpedos. Já as demais embarcações serão entregues de forma gradual até 2028.
Durante a cerimônia, o presidente Lula ressaltou que a iniciativa "é mais um passo para o Brasil rumo à modernização tecnológica das Forças Armadas e o fortalecimento da Base Industrial de Defesa [BID] do país".
"Desde o nosso primeiro governo, buscamos ampliar a capacidade de escolha do país por tecnologias que melhorem as demandas estratégicas, estimule diferentes setores da economia e garanta as melhores oportunidades de formação dos profissionais brasileiros. O poder de compra do Estado brasileiro pode e deve ser utilizado para fortalecer essa estrutura produtiva e estimular a geração de novas tecnologias", disse.
Com relação ao projeto, cujo acordo foi assinado durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula pontuou ser maior do que qualquer governo. "Mais do que um projeto de governo, o programa de fragatas Tamandaré é um projeto do Estado brasileiro, gerenciado por uma empresa pública. Por esse motivo, foi incluído no Programa de Aceleração do Crescimento [PAC]", acrescenta.
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Defesa da soberania nacional

Lula ainda ressaltou que a indústria de defesa é estratégica para qualquer país e, no Brasil, ainda "assume importância ainda mais expressiva por gerar inovações e incentivar a pesquisa, o que permite o controle de um segmento estratégico do ponto de vista geopolítico".
"É necessário ter soberania na área da defesa para garantir o domínio sobre as nossas riquezas naturais, nosso mar e nosso pré-sal. Do mesmo modo, é preciso ter a soberania no conhecimento, na tecnologia e na capacidade de liderar grandes projetos para que não fiquemos para trás em relação ao resto do mundo. O Brasil está no caminho certo para fortalecer sua soberania, pois foi graças a uma empresa estatal, a um patrimônio construído por todos nós, que conseguimos tirar esse projeto do papel, em um trabalho em conjunto com a Marinha do Brasil", argumentou.
Já o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, lembrou que a primeira fragata do projeto, batizada como F-200 Tamandaré, simboliza a tradição naval brasileira e "renova o compromisso do país com um futuro de segurança e prosperidade".
"A contribuição da Embraer, especialmente através da integração de sistemas e da absorção de tecnologia pela subsidiária, é uma prova do nosso compromisso contínuo com excelência e com inovação. Este projeto não é apenas um marco para a Marinha do Brasil, mas também para a Base Industrial de Defesa como um todo", enfatizou.
O ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, destacou durante o evento que essa foi a primeira visita ao Estaleiro Brasil Sul, onde é desenvolvido o projeto fundamental para a modernização do poder naval brasileiro.

"Em termos de defesa, a entrega das fragatas Tamandaré viabilizará a substituição de navios com mais de 40 anos de operação, materializando, portanto, a inadiável renovação da nossa esquadra. E essa exigência de tornar a Marinha mais rápida a defender os interesses do Brasil no mar coincide com a confirmação do imenso volume de riquezas a serem protegidas para o povo brasileiro na nossa Amazônia Azul. E será ainda maior com a exploração de óleo e gás do nosso novo pré-sal na Margem Equatorial", finalizou.

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