Panorama internacional

Para suprir escassez, Pentágono quer que Japão coproduza mais de 100 mísseis Patriot por ano

Os Estados Unidos gostariam que o Japão produzisse mais de 100 mísseis Patriot, de acordo com a principal autoridade de aquisições do Pentágono, à medida que os dois países expandem a coprodução de armas para suprir a crescente escassez norte-americana.
Sputnik
Na semana passada, após a reunião de ministros das Relações Exteriores e da Defesa em Tóquio, os EUA e o Japão concordaram em expandir a produção dos mísseis PAC-3 Missile Segment Enhancement — o membro de ponta da família de mísseis Patriot — e coproduzir o míssil ar-ar avançado de médio alcance (AMRAAM, na sigla em inglês).
Antes dessa coprodução, o país asiático concordou com um acordo único para vender mísseis PAC-3 feitos no Japão do inventário das Forças de Autodefesa para os EUA por US$ 20 milhões (R$ 110 milhões). Uma fonte da indústria disse ao jornal Nikkei Asia que seriam vendidos dez deles.
Segundo William LaPlante, subsecretário de Defesa para aquisição e sustentação do Pentágono, a escala de coprodução dos Patriot será muito maior do que dez.
"Não tenho a resposta exata, mas o número que gostaríamos de atingir é bem maior que isso — bem maior que isso", disse LaPlante quando questionado se a escala de produção seria semelhante à compra única dos dez mísseis.
"Eu diria que os números que gostaríamos de atingir seriam dez vezes maiores", afirmou o subsecretário, sem especificar em que período, a repórteres à margem da Conferência e Exposição de Tecnologias Emergentes para Defesa de 2024, em Washington, na quarta-feira (7).
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Em resposta a perguntas sobre a intenção, um oficial de defesa dos EUA afirmou: "Nossa equipe está explorando uma gama de opções potenciais para expandir a coprodução do PAC-3 no Japão, incluindo quantidades específicas".
Um funcionário da embaixada japonesa disse ao jornal que os dois lados discutirão a viabilidade de uma produção em larga escala nos próximos meses: "Tem que haver uma maneira de reduzir o custo por unidade como resultado da coprodução. Não há sentido em fazer isso se o custo aumentar", afirmou.
LaPlante disse que o desafio é estabelecer um "caso de negócios" em que todas as partes possam concordar com a escala de produção e que a cooperação faça sentido econômico. No entanto, os dois países têm encontrado dificuldades para colocar a produção a todo vapor, visto que há dificuldades para achar um componente crítico produzido pela Boeing.
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Os EUA têm procurado explorar as bases industriais de aliados e parceiros para obter recursos. LaPlante disse que quanto mais lugares estiverem produzindo o PAC-3 e o AMRAAM, melhor.
De acordo com o jornal, a Mitsubishi Heavy Industries do Japão é a principal contratada que produz Patriot sob licença no país, construindo cerca de 30 mísseis por ano para a Força de Autodefesa Aérea.
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