O empreendedor Elon Musk disse que a inflação que sufocou o sustento da maioria dos americanos nos últimos anos foi obra do governo e não do setor privado.
"O aumento dos preços (inflação) é causado pelo excesso de gastos do governo, que aumenta a quantidade de dinheiro mais rapidamente do que o aumento da produção de bens e serviços", escreveu Musk na rede social X, acrescentando que "essa é a grande maioria do problema".
A inflação dos EUA, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), passou de um patamar abaixo da meta de 2% ao ano do Fed (banco central do país norte-americano) para uma alta de quatro décadas de 9,1% em junho de 2022, após estímulos financeiros do governo e do colapso das cadeias de suprimentos em resultado da pandemia da COVID-19.
O IPC cresceu 3% ao ano em junho de 2024, depois que o Fed elevou as taxas de juros para máximos de 2001, o que reduziu os níveis de inflação, mas também tornou os empréstimos imobiliários e todos os outros empréstimos para os americanos mais caros do que em qualquer momento nas últimas duas décadas.
A administração de Joe Biden atribuiu parte da inflação dos EUA à ganância corporativa, dizendo que o setor privado aproveitou a vantagem de aumentar os preços mais do que o merecido após a pandemia e não os reduziu mesmo depois que as cadeias de suprimentos foram restauradas.
Musk, que tem criticado abertamente as políticas de Biden e apoia o ex-presidente Donald Trump (2017-2021) nas eleições presidenciais de novembro nos EUA, discorda de tal interpretação.
"Ocasionalmente, há um comportamento monopolista por parte das empresas, mas isso é relativamente raro e geralmente só é possível se essas empresas obtiveram o controle do órgão regulador do setor. Novamente, um problema do governo, não do setor privado", apontou.
Isso foi ainda mais exacerbado pelo que o bilionário chamou de "excesso de regulamentação, que impede o mercado de resolver uma necessidade não atendida (por exemplo, moradia em áreas de alta demanda)".