A visita de Abbas à Rússia ocorre em um contexto em que Egito, Catar e Estados Unidos estão pedindo a Israel e ao movimento Hamas para retomar as discussões sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Anteriormente, uma fonte diplomática disse à Sputnik que Abbas estaria na Rússia entre 12 a 14 de agosto, e que ele esperava se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, no dia 13 de agosto.
O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Bogdanov, afirmou que a normalização da situação no Oriente Médio será um dos temas da reunião entre os mandatários.
Em entrevista à Sputnik na semana passada, o líder palestino destacou que planejava discutir o processo de paz para a Palestina durante sua visita. Falando sobre a situação na Faixa de Gaza, Abbas expressou a confiança de que o governo israelense não seria capaz de separar Gaza da Cisjordânia "por meios militares."
Em fevereiro, uma reunião entre movimentos palestinos foi realizada em Moscou. As partes discutiram a formação de um novo governo unificado, bem como o problema da "reestruturação" pós-conflito da Faixa de Gaza.
Quanto ao futuro do enclave, o chefe da Palestina afirmou que a Faixa de Gaza deve ser transferida para o controle das autoridades palestinas legítimas e também considerou inaceitáveis os planos israelenses para um controle temporário sobre o enclave.
Abbas também enfatizou que a Autoridade Nacional Palestina (ANP) nunca se recusou a negociar com Israel e lembrou que, há vários anos, ele havia concordado em uma reunião com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu com mediação russa.
Ele afirmou que a Palestina está pronta para negociações com Israel sobre o status final dentro do âmbito de uma conferência de paz.
A Assembleia Geral da ONU, em 10 de maio, adotou uma resolução que amplia os direitos da Palestina no órgão mundial e recomenda que o Conselho de Segurança reconsidere positivamente a filiação do país à ONU. Ao todo, 143 países votaram a favor da resolução, nove foram contra e 25 se abstiveram.