Panorama internacional

Kiev culpa atrasos na ajuda dos EUA pelo aumento do déficit de US$ 43 bilhões, diz mídia

O ministro das Finanças da Ucrânia pediu aos seus aliados ocidentais que acelerassem o pagamento de um empréstimo prometido de US$ 50 bilhões (cerca de R$ 275,4 bilhões), alegando que os atrasos nas entregas de armas contribuíram para um enorme déficit do orçamento de Kiev.
Sputnik
De acordo com o Financial Times, o ministro das Finanças ucraniano Sergei Marchenko disse que a lenta entrega de armas, especialmente dos EUA, contribuiu para um aumento de US$ 12 bilhões (aproximadamente R$ 66,1 bilhões) nos gastos militares, aumentando a dívida pública da Ucrânia em cerca de um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) do país, ou US$ 43,5 bilhões (mais de R$ 239,6 bilhões).
O atraso no pagamento dos US$ 27 bilhões (cerca de R$ 148 bilhões) aprovados pelo Congresso norte-americano em abril, seria responsável pela "falta de armas, munições e projéteis necessários" no país, afirmou o ministro.
O ministro disse que o país está em uma perigosa situação financeira e destacou a necessidade de os EUA e outros países acelerarem o empréstimo de US$ 50 bilhões prometido pelos líderes do G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) usando os lucros gerados pelo congelamento ilegal e unilateral dos € 260 bilhões (cerca de R$ 1,5 trilhão) de ativos russos na Europa.
No entanto, a finalização do empréstimo de US$ 50 bilhões ainda está mergulhada em negociações complexas entre os EUA e os países da União Europeia (UE), uma vez que Washington pretende manter congelados os ativos russos, o que tem levantado alertas no mercado financeiro.
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Ainda segundo a apuração do FT, o ministro ucraniano afirmou que "eles [os aliados ocidentais de Kiev] não estão prontos para aceitar isso [o empréstimo de US$ 50 bilhões] como uma questão de urgência para a Ucrânia".
Apesar disso, Bruxelas desembolsou nesta semana uma parcela de € 4,2 bilhões (aproximadamente R$ 25,2 bilhões) de uma linha de crédito separada para a Ucrânia acordada em fevereiro e financiada pelo próprio orçamento do bloco — um recurso que dependia do cumprimento de certas reformas da Ucrânia como parte de seus esforços para tentar ingressar na UE.
Enquanto isso, Moscou continua sinalizando sua prontidão para uma saída negociada do conflito, apesar dos esforços ocidentais para minar a economia russa com numerosas rodadas de sanções, que só enfraquecem a economia europeia, ao mesmo tempo que financia o esforço de guerra de Kiev.
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