Panorama internacional

Nervosos com resposta iraniana, oficiais israelenses falam sobre 'ataque preventivo'

Israel não está descartando uma agressão "preventiva" contra o Irã, informou o jornal israelense Ynet citando uma fonte anônima em Jerusalém que está a par das discussões.
Sputnik
"Não vamos esperar e tentar interceptar o ataque no ar, esse será o segundo estágio", disse a fonte anônima, afirmando que um ataque preventivo para frustrar as capacidades ofensivas do Irã é uma das opções de Israel.
"Você tem que entender que nem tudo é possível, você não sabe tudo com antecedência. Realmente depende de onde o ataque virá, que tipo de ataque será, quão forte será e para onde será direcionado. Mas a opção de um ataque preventivo — dissuasão no sentido de [atingir] o local de onde o ataque será realizado — está na mesa", afirmou a fonte.
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Mesmo que Israel recebesse dados definitivos de inteligência sobre os planos do Irã, muito dependeria de essa inteligência ser ou não compartilhada entre Israel e os Estados Unidos.
O tipo de ação que o Irã decidir tomar também pesará na balança, uma vez que o país persa é capaz de realizar uma operação lenta, que pode demorar de três a cinco horas para atingir Israel, ou uma rápida "que levaria 12 minutos para chegar".

"Eles têm essas duas capacidades. Também deve ser feita uma distinção entre um ataque que vem do Irã e um ataque que vem do Hezbollah, separados ou combinados. Também há uma distinção entre um ataque contra locais civis e um contra alvos militares."

Segundo ministro da Defesa israelense, Yoav Gallat, Tel Aviv planeja uma resposta "como nunca o país agiu antes" dependendo da forma como o Irã agir.
"O ministro da Defesa Yoav Gallant está dizendo aos novos recrutas que, no caso de um ataque sem precedentes do Irã e do Hezbollah, Israel agirá de uma forma que nunca agiu antes", escreve o jornal.
Mais cedo, na sexta-feira, a missão permanente do Irã nas Nações Unidas confirmou que o país vai responder ao assassinato do chefe do gabinete político do movimento palestino Hamas, Ismail Haniya, mas espera que o futuro ataque "não prejudique o potencial cessar-fogo" na Faixa de Gaza.

'Jogando o jogo do inimigo'

Em entrevista à rádio israelense Reshet Bet neste domingo, o ex-chefe do Mossad, serviço de inteligência estrangeira de Israel, e atual membro do Knesset (parlamento de Israel), Ram Ben Barak, disse que não está preocupado com a resposta iraniana, pois confia nas Forças de Defesa de Israel (FDI), mas sim com a dos políticos de seu país.

"Se não chegarmos a acordos que acabem com a situação, estaremos fazendo o jogo do inimigo", disse Ram Ben-Barak.

Neste domingo o alto representante de Negócios Estrangeiros da União Europeia pediu ao bloco que considere sanções contra o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, por suas tentativas de cortar o fornecimento de combustível e suprimentos humanitários aos civis na Faixa de Gaza, e também contra o ministro das Finanças israelense, Bezazel Smotrich.
"Enquanto o mundo pressiona por um cessar-fogo em #Gaza, o min. Ben Gvir pede o corte de combustível e ajuda aos civis. Assim como as declarações sinistras do min. Smotrich, isso é uma incitação a crimes de guerra. As sanções devem estar na nossa agenda da UE", afirmou Borrel em sua conta no X.
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Ben-Gvir defende uma postura mais dura em relação à Autoridade Nacional Palestina. O político se manifestou repetidamente contra o acordo com o Hamas e o fim da guerra em Gaza, dizendo que é necessário ir "até o fim" e abandonar o acordo "sem sentido".
Smotrich disse anteriormente que, no contexto da luta para libertar os reféns israelenses, é justificado bloquear o fornecimento de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, mesmo que isso leve à morte de dois milhões de palestinos devido à fome, e reclamou que a comunidade internacional não permitiria isso.
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